terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"Querido diário"...parte 4.... As encrencas que me procuram...

Não dava pra careditar, eu num carro com os meus irmãos e o meu primo idiota indo pra mesma escola, mas que droga, a última pessoa que eu queria nessa minha infeliz vida era meu primo Prietto, mas ele insistia em me perseguir ( e o pior de tudo era que meus pais ainda aprovavam que esse idiota ficasse do meu lado), bufei de raiva, meu´pai estava nos levando para a escola e infelizmente meu primo fora matriculado conosco, tudo que eu podia fazer era torcer para que ele não fosse cair na mesma sala que eu.

- Mude essa cara Ashley. - Piettro disse, ele estava se divertindo com essa situação - Parece que está indo para um enterro.

- Bem que eu queria tá indo pro seu. - Respondi com raiva.

- Filha, olhe os seus modos com seu primo. - Meu pai ainda me deu uma bronca, ele sempre defende o idiota do meu primo, Piettro pode destruir o mundo e mesmo assim meu pai vai continuar a exaltá-lo, resolvi ficar quieta, peguei meu MP4, coloquei os fones de ouvido e aumentei no último.

Assim que chegamos na escola eu pulei rapidamente pra fora, não queria dar chance pra aquele idiota querer grudar em mim como um carrapato, mas não fui tão rápida, logo ele estava do meu lado.

- Não é empolgante? - Ele estava animado. - Espero que estejamos na mesma sala!

- Eu espero que não. - Respondi mostrando toda a sinceridade possível. - Você não devia ter vindo pra cá, pra que fazer isso comigo?

- O que eu fiz pra você?

- Piettro não se faça de idiota, desde o dia em que você apareceu na minha vida só a destruiu! - Eu quase gritei, estava furiosa, ele se fazia de idiota apenas pra me irritar, o sinal tocou. - Tenho que ir, procura a sua sala. - Dei as costas pra ele e entrei no prédio.

Estava quase na sala quando Jasmin e Leonard se aproximaram. - Quem era aquele bunitinho com você? - Percebi que Jasmin não era nem um pouco discreta, revirei os olhos. - Não era ninguém em especial. - Respondi tentando mostrar o mínino interesse possível, entramos para a sala de aula, me sentei perto deles, fiquei esperando ansiosa para que Piettro não entrasse pela porta, parece que meu desejo foi realizado, minha professora de aritimética entrou, mas meu primo não.
Passei o resto das aulas satisfeita, até mais disposta para prestar atenção nas aulas ( embora eu já soubesse tudo o que os professores estavam falando, afinal eu já estivera várias vezes no segundo ano), conversei com meus dois amigos, até que depois de um tempo eles se tornaram legais, mas Leonard não olhava mais diretamente pra mim, desde ontem quando eu o olhara feio, quando me lembrei disso devo ter corado, eu precisava pedir desculpa pra ele, quem sabe no intervalo, quando Jasmin não estivesse por perto.
Quando saímos para o intervalo fui direto para a árvore de ontem, os dois me seguiram, fiquei olhando para os lados torcendo para que meu primo não me visse. - Credo Ashley, parece que alguém está te perseguindo, tá com medo de quê? - Jasmin perguntou me olhando com curiosidade. - Você tá querendo se esconder de alguém?
- Não é nada Jasmin. - Respondi tentando agir naturalmente, me sentei na grama de baixo da árvore, lá pelo menos não batia sol.
- Puxa Jasmin como você é curiosa. - Leonard reclamou. - Deixa a coitada em paz.
Eu precisava de uma chance para pedir desculpa, mas sem é claro a Jasmin por perto. - Jasmin me faz um favor? - Perguntei com total naturalidade. - Eu tô com sede, você pode comprar algo pra mim na cantina?
Ela sorriu e saiu, parecia querer me agradar, me virei para Leonard. - Queria te dizer uma coisa.
Ele me olhou surpreso. - O que foi, eu fiz alguma coisa?
- Queria te pedir desculpa. - Eu provavelmente corei. - Eu fui grosseira com você ontem.
Ele sorriu sem graça e se sentou do meu lado. - Eu é que devia te pedir desculpa, não devia ficar te encarando daquele jeito.
- Mas que coisa mais linda. - Ouvi alguém dizer, achei que era Jasmin, mas ela não estaria sentada na árvore, olhei pra cima e vi Piettro sorrindo, mas com o brilho de ciúmes no olhar, " Não, de novo não!" pensei irritada, me levantei. - O que você tá fazendo aí? - Perguntei furiosa.
- Você já tava aí quando chegamos? - Leonard olhou para ele confuso, Piettro pulou e caiu perto dele. - Como vai garoto? - Ele comprimentou Leonard. - Tá na sala da minha prima?
- Tô sim. - Ele respondeu olhando pra mim. - Ele é seu primo?
- É. - Respondi amargurada.
Piettro riu animado, então parou e olhou para o lado, Jasmin vinha trazendo uma garrafa de refrigerante nas mãos. - Opa. - Ele sorriu e se aproximou dela. - Como vai gracinha?
- Piettro deixa ela em paz! - Fui logo me intrometendo, ele olhou pra mim sorrindo. - Gosto de garotas como ela. - Jasmin corou. - Quem é esse? - Ela perguntou sem graça.
- Meu primo. - Respondi me sentando novamente. - Mas ele já estava saindo, não é?
Ele sorriu e se sentou do meu lado. - Na verdade não queridinha, tava mesmo á fim de ficar aqui com vocês. - Ele olhou para Jasmin. - Eu posso ficar aqui não é?
- Cla...claro... - Ela corou novamente. - Você é bem vindo aqui. - Ela se sentou animada do lado dele. - Quer refrigerante?
Revirei os olhos, como ele conseguia ser assim? Um idiota completo!
Parece que as encrencas gostavam de me acompanhar, de ficar do meu lado.
O sinal bateu dando o término para nosso intervalo, fiquei alegre por isso. - Bem temos que ir, volte pra sua sala Piettro.
- Posso só te falar uma coisa antes? - Piettro se levantou atrás de mim, Jasmin e Leonard para pra me esperar.
- Podem ir, vou depois. - Respondi sorrindo, eles se afastaram, me virei para meu primo. - O que quer?
- Nada de mais. - Ele respondeu sorrindo, mas falando baixo. - Como chama aquela sua amiguinha de ontem mesmo?
- O que quer com isso? - Me arrependi de ficar para ouvi-lo.
- O tipo de sangue dela é o meu favorito. - Ele sorriu pensando em algo. - Sorte a minha ela ter caído na minha sala.
Isso assustou. - O que? - Eu não consegui deixar de exclamar, na minha cabeça veio a imagem dele a atacando em plena sala de aula. - Se encostar um dedo nela, eu juro que arranco sua cabeça com minhas mão.
- Isso foi uma ameaça? - Ele riu. - Por que eu não senti medo?
Fiquei furiosa, ele estava passando dos limites, aproveitei que não tinha ninguém por perto, o agarrei pelo pescoço e apertei com toda a força que tinha. - Desgraçado, você não vai destruir minha vida de novo.
O segundo sinal tocou, se eu não fosse agora pra sala não iria entrar mais nessa aula, soltei ele e ele caiu no chão. - Se fizer isso comigo de novo, não vou ser legal com você. - Ele respondeu se pondo de pé, eu não disse nada, apenas me virei e fui pra dentro, aquele idiota ia mesmo me dar problemas, mas não ia adiantar pedir ajuda pra ninguém de casa, teria que apelar pra outras pessoas.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"Querido diário"...parte 3.... Se eu pudesse, sumia...

Isso não é justo, meus pais resolvem as coisas sem me consultar (onde estava aquela união toda? Mas que droga!) se eu pudesse sumia daqui, ia morar em qualquer lugar, mas isso era um problema, vampiros não conseguem viver sozinhos, é muito perigoso.
Só queria entender por que eles fizeram isso, poxa eles sabem que odeio Piettro e mesmo assim o convidam para morar aqui em casa? Poxa o que é que eles tem na cabeça? Eu estava muito irritada, quase tinha estorado a porta do quarto quando a bati com força, dava para ouvir meus irmãozinhos brincando na piscina no quintal de trás, abri a janela, a tarde estava um pouco, o céu estava meio cinza, parecia que ia chover, saltei lá de cima e parei de pé perto da piscina.
- Não devia falar isso Ley, a mamãe não ia gostar. - Tayller disse, ele era o mais sério dos dois, um geniosinho.
- Foi você que bateu no Piettro? - Zack perguntou animado, ele adorava brigas e encrencas.
- Foi. - Respondi irritada. - Mas não tô á fim de falar nada. - Me afastei deles, depois do jardim de minha mãe ficava a floresta da cidade, um parque ecológico, nosso bairro ficava no fim da cidade, então podiámos passear lá quando quizéssemos, usei minha velocidade e sumi em poucos segundos, quando parei já estava no meio da floresta, o lugar era bem calmo, uma maravilha, saltei pra cima de uma árvore bem alta, de ´lá dava pra ver a ponta do teto de algumas casas do bairro, se eu pudesse moraria aqui, mas é claro que meus pais viriam me buscar pelos cabelos, me sentei no galho mais alto e fiquei lá olhando pro nada, apenas meditando nos sons que aquela floresta produzia, os passaros, o vento nas copas das árvores e pequenos animais que corriam por aí, começou a chover, senti a chuva bater em mim, como era bom ouvir as gotas batendo nas folhas, foi aí que parei, havia um som diferente, desde quando era natural ouvir pegadas numa floresta, ainda mais essa onde ninguém vinha, já que a maioria das pessoas preferiam o shopping, o cinema e outras coisas do centro, fiquei observando, era um guardinha do parque, mas por que estaria tão longe da cabana? Parecia estar procurando algo, ouvi mais passos, olhei para o outro lado, havia um garoto, ele também parecia procurar algo, mas ao contrário do guardinha, ele já parecia ter encontrado, fiquei observando, esse garoto estava esquisito, se comportava como um gato selvagem, estava abaixado, prestes a atacar alguém, olhei novamente para o guardinha, estava de costas, mas estava longe para que um humano normal pudesse vê-lo de longe, o que me fez pensar que esse garoto não era normal.
Pensei no que poderia fazer para impedir que o guardinha fosse atacado, tinha certeze que aquele garoto ia matá-lo, fiquei de pé no galho, assim que o garoto começou a correr ( caramba, ele não corria como alguém normal!), saltei do galho e cai exatamente em cima dele, rolei com o garoto alguns metros, batemos com força numa árvore e essa caiu, isso assustou o guardinha, ele gritou desesperado e correu, pelo menos para o lado contrário, o garoto em baixo de mim me empurrou longe. - O que você pensa que tá fazendo? - Ele perguntou se levantando, me levantei também. - Você me fez perder meu almoço!
- Você é um vampiro? - Perguntei sem acreditar, caramba, essa seria uma gigante coincidêcia, ele limpou a terra preta da roupa e fez uma careta. - Por sua culpa vou ter que gastar á mais esse mês na lavanderia. - Ao que parece ele não tinha nem ouvido o que eu tinha dito.
- Dá pra responder o que eu te perguntei? - Disse irritada, agora ele me olhou.
-Sou um vampiro sim, o que você quer saber? - Respondeu não dando muita importância, mas pra mim isso era incrível (mas que legal, alguém que eu e que não é da minha família!).
- Que legal, isso é ótimo! - Não consegui conter a impolgação, ele me olhou e deu de ombros. - Se você tá dizendo, mas afinal de conta quem é você?
- Sou Ashley Waldergraff. - Respondi me sentindo importante, afinal minha família era uma das poucas que ainda continha um sangue bem vampiro da linhagem de vampiros (Isso é algo que eu explico mais tarde).
- Desculpe, mas nunca ouvi falar. - Ele disse ligar nem um pouquinho, mas que cara arrogante!
- E você, quem é? - Perguntei com arrogância.
- Firho Martiel. - Ele respondeu, mas nem estava olhando pra mim, ao que parece procurava o guardinha, eu ainda podia ouvi-lo correndo, estava um pouco longe, espero que não tenha visto realmente o que tinha acontecido, mas se Firho quizesse correr atrás dele novamente eu teria que impedí-lo.
- Onde está sua família? - Perguntei tentando distraí-lo.
- Não tenho família. - Ele respondeu ainda olhando para os lados.
- Como assim não? - Isso era bem estranho. - É bem perigoso ficar sozinho, onde eles estão?
- Mortos. - Respondeu secamente. - Caçadores.
Esse era outro problemas, mesmo no século 21 ainda existiam caçadores de vampiros. - Sinto muito. - Não sinta garotinha, eu já não sinto mais falta deles. - Ele sorriu.
- Eu tenho nome, Firho. - Disse brava, detestava que me chamassem de garotinha.
- Que bom que você tem nome né? Seria estranho se não tivesse. - Ele estava bem sarcástico, serrei os dentes para me segurar e não destruir outra árvore batendo a cabeça dele com força, então ele deu um sorriso rápido. - Até mais A-S-H-L-E-Y. - Disse enfatizano cada letra do meu nome e depois sumiu, não quis ir atrás dele, só espero que o guardinha já tenha chegado na cabana dele, resolvi voltar pra casa, quando cheguei em casa minha mãe preparava o jantar, dava pra sentir o cheiro de carna assada com batata, entrei pela janela do meu quarto, mas não fui silenciosa o suficiente, meu pai apareceu no meu quarto. - Filha preciso falar com você. - Já foi abrindo a porta, onde estava a minha privacidade? - O que foi pai? - Perguntei sem segurar a irritação.
- Você não devia ter quebrado aquele vaso na cabeça do seu primo.
- Desculpe pai, eu sei que minha mãe gostava daquele vaso.
- Não estou falando pelo vaso Ashley! - Ele ficou nervoso com a minha falta de culpa por ter feito aquilo ( Não sei pra que tanto alarde, aposto que não tinha feito nem um arranhãozinho). - Ele é seu primo, devia ter um pouco de respeito.
- Ele nunca me respeitou, pai!
- Piettro te adora filha.
- Me adora tanto que matou meu amigo, que maravilha isso né? - Fui bem sarcástica.
- pensei que já tinha superado isso.
- Eu tinha, mas aí vocês resolvem trazer essa peste pra ficar com a gente!
- Mais respeito, ele é da nossa família.
Me cansei de tentar discutir, ele nunca ia entender mesmo, dei as costas e fui me sentar na beira da janela, ainda chovia um pouco.
- Vai descer pra jantar?
- Não! - Respondi mau humorada.
- Faça isso pela sua mãe. - Ele sabia bater no meu ponto fraco, eu adorava minha mãe (embora ela tivesse a mentalidade dos meus irmãos), me levantei e desci com o meu pai, Piettro estava sentada junto com os outros na mesa, me sentei bem longe dele e desviei a cara. - Não vai pedir desculpa? - ele queria provocar, resolvi entrar na brincadeira dele. - É claro. - Eu sorri. - Desculpe por quebrar seu vaso mãe.
Piettro ficou quieto, dei um sorriso triunfante, pelo menos naquela noite eu ia dormir feliz, só de lembrar a careta que ele fizera, mas é claro que ele ia rebater. - Senhor Waltergraff, já fez minha matrícula na escola?
- Sim, pode começar amanhã. - Ele respondeu me olhando cautelosamente.
- Você não tá falando sério! - Agora eu tinha ficado mais irritada.
- Ele precisa estudar filha. - Minha mãe se intrometeu.
- Ele tem mais de duzentos anos mãe, já fez o ensino médio o suficiente pra saber tudo. - Respondi querendo pular no pescoço dele.
- Mas é sempre bom reforçar né? - Ele riu, tinha ganho a noite melhor que eu.
- Vou pro meu quarto. - Me levantei irritada, já tinha comido um pouco.
- Antes de ir posso te perguntar uma coisa? - Piettro disse me olhando com interece. - Quem era aquele cara com quem você estava falando na floresta?
- Vai querer matá-lo também?
Ele encolheu os ombros. - Só queria saber.
- Ele se chama Firho Martiel. - Repondi seca. - É um vampiro sozinho.
- Isso é perigoso, um vampiro não devia viver sozinho. - Meu pai disse, provavelmente já o achando inconsequente.
- Fazer o que, cada um tem a vida que quer. - Respondi, um pouco mau educada. - Agora se me dá licença tô indo pro meu quarto, tenho muita lição pra fazer. - Fui pro meu quarto antes que qualquer um deles fizesse alguma pergunta, mas pra falar a verdade eu também estava curiosa para saber quem era esse tal de Firho, queria encontrá-lo novamente, o que eu não sabia é que isso só ia me trazer mais encrencas, minha vida nessa cidade estava longe de ser tranquila.

domingo, 28 de dezembro de 2008

"Querido diário"...parte 2.... Vizinhança...

Eu já sabia que minha tarde não ia ser lá grande coisa, assim que cheguei em casa com os gêmeos minha mãe já foi logo querendo saber como tinhamos ido na escola, Zack e Tayller dispararam a falar, aproveitei isso para me mandar e me trancar no quarto, meu quarto era meu refúgio, não era tão grande, tinha uma cama encostada na parede da janela que dava para o quintal dos fundos, um guarda roupa que pegava uma parede toda e uma escrivaninha com um computador, me joguei na cama e fiquei uma meia hora olhando para o teto, não tinhas muitas idéias do que fazer essa tarde, minha mãe provavelmete estava fazendo alguma comida humana para meus irmãos comerem, me afundei no travesseiro e dei um suspiro irritado, a campainha tocou, minha mãe gritou para que eu atende-se, nem bem me levantei e já estava na porta, olhei pelo olho mágico, era uma mulher rechonchuda e com um penteado estranho, tinha uma travessa na mão e uma garota do lado. - Mãe, é uma mulher estranha! - Eu gritei. - Então atenda! - Ela ordenou aparecendo no corredor com uma grande tijela de macarronada nas mãos, fiz uma careta de mau gosto e abri a porta, a mulher sorriu pra mim. - Olá querida, como vai? - Ela perguntou já entrando, ela colocou a travessa nas minhas mãos e foi falar com minha mãe. - Oi querida, eu me chamo Ashilla, essa é minha filha Catherin, nós fizemos uma torta de pêssegos é para dar boas vindas a vocês. - Ela sorriu animada, minha mãe seguiu na mesma empolgação. - Isso vai ser ótimo, vamos comê-la depois do alomoço, querem nos acompanhar? - droga, por que minha mãe tinha que ser tão cortês? Se essas duas ficassem pro almoço eu teria que comer também, minha mãe pediu para que eu leva-se a torta pra cozinha, caminhei lentamente até lá, enquanto as duas iam para o jardim dos fundos arrumar a mesa, a tal da Catherin me seguiu, era uma garotinha bem estranha, tinha os cabelos bem armados e muitas sardas, assim que entrei na cozinha tomei um susto, Piettro estava sentado na beira da pia e sorriu pra mim. - Oi Ashley!
- Que susto Piettro! - Reclamei colocando a torta na mesa. - Não sabe entrar como alguém normal?
- Comida de humano? - Ele perguntou já do meu lado cheirando a torta. - Pra vampiros isso é bem estranho.
- Foi uma mulher gorducha que mora do no bairro que fez. - Respondi de mau humor, nessa hora Catherin entrou na cozinha, mau ela colocou o pé no lugar e Piettro já estava de olho nela. - Quem é essa belezinha? - Perguntou sem ser nenhum pouco discreto, Catherin corou, eu fiquei irritada, ela tava achando que ele tinha diro isso por achá-la bonita, mas na verdade era mais pelo tipo sanguíneo dela ( os vampiros tem uma peculiaridade, nós podemos saber o tipo sanguíneo de cada pessoa apenas pelo cheiro e pela pele). - Eu me chamo Catherin. - Ela respondeu toda alegrinha, ele se aproximou dela. - Puxa, você é OB negativo, meu favorito. - Ele sorriu.
- O que? - ela ficou confusa.
- Já chega Piettro! - Eu interrompi a conversa. - Dê o fora! - Eu o empurrei, com ele eu não precisava manerar a força, afinal ele era que nem eu, assim que consegui tirá-lo da cozinha fui pegar os pratos para levar até a mesa. - Puxa, esse garoto é bem legal. - Ela disse corando, me virei pra ela. - Vai por mim querida, você não vai gostar dele, é muito mulherengo.
Levei as coisas para o jardim, Piettro estava lá conversando com minha mãe e Ashilla. - Ashley querida, seu primo também vai almoçar comigo.
- Maravilha! - Eu disse com muita falcidade, ele sorriu.
Arrumamos a mesa e nos sentamos para almoçar, Piettro ficou o tempo todo lançando charminho para Catherin, isso estava começando a me deixar irritada, terminei o almoço o mais rápido que pude e saí de perto deles, fui para o meu quarto e me tranque lá.
Só saí do meu quarto bem depois de elas terem ido embora, mas infelismente Piettro ainda estava lá. - Mãe, o que esse idiota ainda tá fazendo aqui? - perguntei irritada.
- Também te adoro Ashley. - Ele disse me mandando um beijo ( nunca vi ninguém mais idiota!).
- Seja educada com ele, os pais dele pediram pra que ele ficasse um tempo aqui com a gente. - Minha mãe estava sentada no sofá lendo uma revista de jardinagem (nunca vi gostar tanto disso), mas o que me deixou irritada foi eles terem decidido que iam deixar aquele idiota morar aqui sem nem ao menos me perguntarem se eu concordava com isso. - Mãe, mas que droga, desde quando vocês resolvem as coisas sem me consultar?
- Se eles tivessem te perguntado, jamais que eu poderia vir pra cá. - Ele disse com zombaria.
- Pode estar certo que seria assim. - eu disse com ódio.
- Ele era só um humano Ashley, pra quê ficar tão irritada? - Ele disse do jeito mais frio possível, isso me deixou muito furiosa, peguei um vaso que estava em cima de uma mesinha perto da porta e atirei nele, o vaso se despedaçou na cabeça dele.
- Ashley, o que é isso? - Minha mãe se assustou.
- Seu idiota, ele valia muito mais do que você! - Gritei antes de voar escada á cima e me trancar no meu quarto, quando eu cheguei aqui tinha certeza que ia ser horrível, pior do que qualquer outro lugar que eu já tivesse morado, mas achei que podia tentar me dar bem, mas é claro, enquanto Piettro existi-se seria bem provável que eu não conseguiria ser feliz e para ajudar havia essa horrível vizinhança, dava pra ver que todas as pessoas nos olhavam com curiosidade e depois de hoje aposto que todos iam saber o que nossa família fazia nas horas de folga, é claro que eles jamais saberiam qual eram nossas reais intenções, mas agora eu teria que ficar de olho no Piettro e aquela tal de Catherin, eu tinha certeza que teriamos problemas. Droga.

"Querido diário"...parte 1.... Uma nova vida...

Quando me mudei pra essa cidade que moro hoje, achei que ia ser um saco, meus pais gostaram da idéia, Alxander se empolgou tanto que foi logo comprando o maior galpão da cidade e o transformou em um supermercado, logo todos da cidade nos conheciam, eu achei isso péssimo, não tinhamos fugido para não chamar a atenção? E agora eramos os mais conhecidos da cidade.
Logo nossa vida estava instalada novamente, eu e meus irmãos fomos matriculados numa escola e minha mãe ficou sendo a exemplar dona de casa.
O que mais me assustava seria a interação com os outros adolescentes, eu não estava pronta para isso novamente, da última vez um garoto morrera por minha causa, não que a culpa fosse toda minha, parte dela (ou quase toda), foi de meu primo Piettro Havernit, ele é apaixonado por mim (obsessão seria a palavra mais exata), mas eu gostava de um humano que estudava na minha sala, ele se chamava Igor, era um cara bem legal, conversávamos bastante; mas foi no baile de primavera que eu acabei perdendo ele.
Eu estava quase pronta para sair, tinha escolhido um vestido lindo, era vermelho e longo, acabara de arrumar meu cabelo, ele estava todo preso num coque, quando estava saindo do meu quarto encontrei com mu primo na sala, ele me olhou admirado. - Puxa Ashley, você está linda! - Ele exclamou quase babando em cima de mim. - O vermelho te deixa mais bonita. - Ele não parava de me elogiar, como se isso fosse mudar alguma coisa em relação ao que eu sentia por ele ( eu o odiava), no final das contas acabei sendo grosseira com ele, a campainha tocou, era Igor, deixei o idiota do meu primo lá falando, mas o que eu não esperava era que ele fosse ter uma crise de ciúmes, naquela noite depois que Igor me deixou em casa, ele foi encontrado morto no outro dia e eu sabia muito bem quem era o culpado, meus pais resolveram sair da cidade para não levantar suspeitas ( foi o que eles disseram, mas eu sabia muito bem que era por que eu não iria aguentar ficar lá sem querer matar meu primo Piettro).
E foi por causa disse que nos mudamos e era por causa disse que eu tinha medo de conviver com outros adolescentes, sabia muito bem dos riscos que isso acarretava, mesmo meus pais dizendo que nçao havia perigo nenhum e que Piettro havia jurado que não voltaria a fazer isso, mas eu já tinha resolvido, seria uma aluna bem isolada, não ia querer papo com ninguém.
Meu primeiro dia de aula começou horrível, tinha planejado ir com minha blusa favorita, uma preta com botões roxos, mas eu a usara na última caçada e minha mãe ainda não tinha lavado, então tive que procurar desesperadamente por outra, pra piorar meu pai veio com a notícia de que me levaria para a escola junto com os meus irmãos, já que era isso que os pais dos outros alunos faziam, eu quis me matar, seria horrível ter que ser levada para escola em pleno segundo grau, meu pai disse que iria apenas por que Zack e Tayller iam junto, diziam que a violência nessa cidade era muita ( como se os dois fossem duas pequenas crianças indefesas).
Quando cheguei na escola saí apressadamente do carro, não queria que os outros me vissem com dois pirralhos por perto, sorte a minha que a ala deles era totalmente ao lado contrário da minha, fui seguindo o fluxo de alunos, sabia que minha primeira aula seria de economia doméstica na sala cinco (essa era a pior de todas, a que mais os alunos se cortavam e era essa a que mais eu dizia estar passando mal), me sentei numa das últimas carteiras e fiquei olhando os outros alunos entrarem, tinham pessoas de todos os tipos, era algo bem legal de se ver, então depois de todos terem entrado foi a vez do professor, ele era baixinho e bem gordinho, achei ele bem engraçado, ele olhou diretamente pra mim e pediu para que eu me apresenta-se, mas que droga, eu me levantei disse meu nome, de onde vinha, quem eram meus pais, o que eles faziam, parecia mais um interrogatório que uma aula, sorte que não tive que me paresentar nas outras aulas, já que todos me conheciam, então essas passaram mais rápido, o sinal bateu pro intervalo, peguei meu lanche, um sanduíche de queijo ( eu disse pra minha mãe que não precisava, mas ela insistiu dizendo que todos os alunos levavam lanches) e fui me sentar no lugar mais afastado possível, comi rapidamente e me reencostei para tentar descansar um pouco, eu era uma vampira, não gostava muito de ficar acordada durante o dia, mau tinha fechado os olhos quando ouvi passos em minha direção, fiz um esforço enorme para abir os olhos e vi duas pessoas, uma garota da minha altura com os cabelos loiros compridos e encaracolados e um garoto de cabelos nogros que nem meus, mas bem curtinho e cuidadosamente espetados.
- Você é a garota né? - A menina disse sorrindo, meu tempo de calmaria de paz havia acabado, infelismente eu tinha que ser educada. - Sou eu sim. - Respondi deixando transparecer um pouquinho de mau humor, mas ao que parece nenhum dos dois percebeu, ela puxou o garoto e eles se sentaram do mu lado. - Eu me chamo Jasmin e esse aqui é Leonard. - O garoto me olhou e deu um sorriso tímido, eu desviei o rosto e voltei a fechar os olhos, estava torcendo para eles me deixare em paz, mas senti que isso estava longe de acontecer. - Somos da sua sala, se precisar de qualquer coisa é só pedir, sabe você parece ser uma garota bem legal, é do tipo misteriosa né? Puxa garotas assim são incríveis, sabe o Leonard gosta de meninas assim...
- Pare com isso Jasmin. - Leonard a interrompeu corado, olhei pra ele e tive vontade de rir, ele baixou os olhos e fito a grama, por sorte o sinal tocou nessa hora, me levantei apressadamente, eles fizeram o mesmo (mas é claro que não tão rápido), fomos juntos para a sala de aula (ninguém merece, eu havia prometido pra mim mesma que não iria fazer amigos), eles me incluiram no grupo deles, o grupo era bem pequeno, apenas nós três, fiquei irritada com essa situação, não estava a fim de conversas ( vampiros se irritam facilmente durante o dia) então deixei a tal da Jasmin tagalerar o quanto queria, mas o que me deixou irritada foi que Leonard apesar de quieto não parava de olhar pra mim, até que uma hora olhei para ele com uma cara meio hostil, ele percebeu, desviou o olhar e não voltou a me olhar novamente, não sei por que, mas aquilo me deixou mal, não queria parecer chata desse jeito, quando o sinal do término das aulas bateu, juntei minha coisas rapidamente e disse aos meu "novos" amigos que tinha que ser rápida, meu pai estava me esperando e não podía esperá-los.
Consegui me livrar deles e corri para a entrada da escola, meu pai já esperava com a piccapi preta dele, entrei rapidamente, meus irmãos já estavam lá, meu pai perguntou como tinha sido meu primeiro dia de aula, sorri sem graça e disse que tinha ido bem, olhei pela janela e vi Leonard e Jasmin na calçada, ele não estava olhando para mim, provavelmente ainda pela olhada hostil que eu havia dado, corei de vergonha, e virei a cara para o outro, não queria que meu pai e meus irmão vissem minha cara, nos afastamos da escola, meu pai nos deixaria em casa antes de voltar para o trabalho.

" Brinquem direito com a comida..."

É claro que para manter nossas aparências, nós comemos comida de humanos, afinal seria bem estranho irmos em alguma festa ( somos muito requisitados para esse tipo de coisa) e não colocarmos nem um pedeço de comida sequer na boca, embora eela não nos satisfaça é bem gostosa, mas vocês devem estar curiosos para saber como nos alimentamos sem chamar a atenção, pois bem, nós preferimos caçar humanos que merecem ser caçados, visitamos frequentemente ás prisões de todo o estado, ás vezes vamos para estados vizinhos, não pense que é longe para nós, afinal podemos correr quilometros em segundos, estamos sempre atentos para quando acontece alguma rebelião, é nessa hora que nossa caçada começa, mas nunca vamos todos juntos, na maioria das vezes eu vou com meus irmãos numa semana e meus pais vão na outra.
Na maioria das vezes nós entramos nos presidios quando a rebelião estáno clímax, aí é mais fácil, ninguém vai reparar em três crianças rondando o local, nós pulamos o muro com a maior facilidade, uma vez lá dentro é cada um por sí, meus irmãos vão pra um lado e eu vou pro outro, em meia hora já estamos satisfeitos e o prisioneiros que deixamos vivos estão aos berros, desesperados para sair da prisão, quando os policiais entram e perguntam o que houve acabam ouvindo as respostas mais absurdas possíveis, " Eram criaturas de olhos vermelhos e dentes pontudos!", " Eles quebraram o pescoço daquele cara com as próprias mãos.", " Foram apenas crianças que nos atacaram, mas eram assustadoras, beberam o sangue de um monte de caras!", mas no final das contas os policiais achavam que eles deviam estar drogados e tinham matado os próprios companheiros.
Mas não pense você que nos satisfaziamos apenas com isso, era bem dificil ficar perto dos humanos, afinal nós os viamos como um bom aperitivo, mesmo tendo nos alimentado, sangue nunca era de mais, então tinhamos que nos controlar, se uma criança se corta-se e meus irmãos estivessem por perto, era bem perigoso, mesmo eles gostando bastante dos humanos, não se dava para controlar por muito tempo nossa força de vontade.

De olhos vermelhos e dentes pontudos...

Minha vida é um pouco complicada, bem pra falar a verdade ela é bem complicada, não sou o tipo de garota que pode se considerar normal ( nunca na minha vida poderei usar essa palavra), tudo bem que eu tenho uma casa normal, num bairro de pessoas normais, tenho tudo o que uma garota de dezesseis anos adoraria ter, mas mesmo assim não sou igual a elas, minha família é bem diferente das que você conhece ou provavelmente vai conhecer, para as pessoas da nossa cidade, somos bem normais, uma família bem feliz (é assim que nos chamam pelas costas), mas nós só somos felizes quando não estamos com fome, nessas horas é bem perigoso estar perto de um de nós.
Minha família é com posta por cinco integrantes:
1ª Meu pai ( Alxander Waldergraff), ele é dono do maior supermercado da cidade "Mercado Walder", por isso somos uma das famílias mais ricas daqui.
2ª Minha mãe ( Cecília Waldergraff), ela é o que os humanos chamam de esposa exemplar e ótima dona de casa.
3ª Meus irmãos menores ( Zack e Tayller Waldergraff), eles são gêmeos, umas pestes que me irritam o dia todo, se for possível, eles adoram os humanos e são muito populares entre eles, estão na quinta série e vivem cercados de garotas e garotos.
4ª Eu ( Ashley Waldergraff), estou no segundo colegial, não tenho muitos amigos, sou bem reservada e gosto de total privacidade, tá não foi sempre que eu fui assim, mas da ultima vez que me aproximei muito de um humano, tivemos que mudar de país para não sermos suspeitos de um crime ediondo.

Como vocês perceberam, a gente consegue manter as aparências muito bem, uma família "exemplo" para as outras, mas que ao mesmo tempo, podemos nos mostrar criaturas sanguinárias que quando provocadas podem destruir uma cidade inteira.